Não existe amor na maior cidade
do Brasil? Com o título inspirado na música do cantor Criolo – que afirma que
realmente não existe amor em SP – o ponto de interrogação nos força a fazer uma
análise: ainda existe esperança para o amor em São Paulo?
No furor da cidade mais populosa
e globalizada do Brasil, aonde o egoísmo é visto, sentido e palpado, aonde a
corrida diária de milhões de paulistanos em direção aos seus sonhos e deveres
acaba colocando em detrimento sentimentos como o amor, é possível que estejamos
caminhando para um lugar dominado pelo cinza, com prédios gigantes e amores
pequenos?
Tido como a maior conquista do
ser para muitos, parece que o amor em SP não está tendo muitas conquistas.
Basta andar pela cidade para ver olhares frios, atitudes solitárias, almas
vazias, sorrisos falsos. A hipocrisia é tanta que chega a deixar os mais
observadores perplexos. E esta hipocrisia já esta tão implantada em nosso
cotidiano que nem sentimos mais, viramos zumbis insensíveis em busca do nada. O
inaceitável virou aceitável.
E você, que provavelmente já deve
ter perdido algum olhar interessado por estar no celular, dentro do seu mundo
particular, sem se ater ao mundo exterior. Como é possível seres sociais como
nós estarmos tão acostumados a ser sozinhos?
Mas não falo somente do amor em
relacionamentos a dois, mas também o bom e velho amor que nos faz sorrir
durante o dia, fazer uma boa ação, ter compaixão. Será um problema de
infraestrutura da cidade? Será que nascemos e crescemos tão afogados por
rotinas, tão apressados para conseguir o sucesso que acabamos nos esquecendo de
que certas coisas ainda importam? Essa corrida diária para realizar nossos
anseios nos fez insensível ao que está acontecendo à nossa volta?
Não sejamos utópicos em afirmar
que voltar a amar é a solução de todos os problemas da sociedade e da nossa
cidade. Mas é certo afirmar que um pouco de sensibilidade ao que está
ocorrendo a nossa volta, um ato altruísta, ter mais humanidade não vai matar
ninguém. Olhares apaixonados estão sendo traçados todos os dias no meio da
multidão, só basta olhar com um pouco mais de atenção pra perceber que o amor
ainda não morreu em São Paulo. Está raro, mas não morto. Reflitamos.
POSTADO POR BRUNO
Nenhum comentário:
Postar um comentário